Camila
Farani
Eu como investidora de tecnologia e empreendedora, sou defensora da tecnologia em prol de um bem maior: gerar impacto positivo na vida das pessoas e nos negócios. Em minha trajetória, sempre busquei olhar para os dois lados da moeda.
Acredito que as ameaças nos apontam para corrigir um caminho e que os benefícios nos levam ao caminho certo a percorrer. Mas, e quando temos os dois?
Nos últimos dias, vimos um turbilhão de emoções surgir a partir da
carta aberta emitida pelo Instituto sem fins lucrativos Future of Life que destaca os “grandes riscos para a humanidade”, e que pede uma pausa de seis meses nas pesquisas sobre IA. Este documento foi assinado por Elon Musk e mais de 1000 especialistas no assunto.
Pontos principais que foram abordados na Carta Aberta e os seus “riscos para a humanidade”, de acordo com a BBC News Brasil:
É preciso analisar os impactos que vamos enfrentar com os avanços da IA, que deve, sim, acontecer, mas tendo a responsabilidade como prioridade. E isso não acontece de um dia para o outro.
Enquanto a objetificação do ser humano está em alta nessa discussão, poucos fazem parte do processo de evolução da tecnologia, ou seja, não se torna democrático pensar no avanço da IA + pessoas se apenas meia dúzia de empresas tomam decisões de uma humanidade inteira, concorda?
⚠️A discussão é muito mais profunda aqui. E eu te pergunto: Qual é o limite ético da evolução da Inteligência Artificial? É a privacidade e dignidade do ser humano? It’s all about money, afinal?
Penso que a tecnologia deve ser uma ferramenta para nós e não um sujeito da ação. Em conversa com um dos signatários da Carta Aberta, o professor da UFRGS, Chefe do Grupo de Pesquisa Robótica e convidado pelo Fórum Econômico Mundial a integrar o Global Future Council on the Future of Artificial Intelligence 2023/2024, Edson Prestes, busquei entender quais ameaças precisam da nossa atenção e ele apontou algumas delas:
A tecnologia sempre será bem-vinda no meu ponto de vista, e a responsabilidade com a humanidade deve estar em primeira ordem quando pensamos no âmbito da tecnologia + ser humano.
Um grande exemplo de responsabilidade com a humanidade é o documento que a UNESCO criou em 2021, que estimula e impulsiona um debate sobre a ética na Inteligência Artificial,
com recomendações da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Vale a pena a leitura!
É pensando por este ângulo que eu te convido a pensar aqui junto comigo: o que podemos levantar como soluções e possíveis questionamentos que o impacto da IA proporciona em nosso dia a dia?
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