As novas habilidades profissionais como potencializadoras da inovação

Camila

Farani

fev. 24, 2022

As ferramentas tecnológicas estão à nossa disposição para desenvolver as competências do futuro.

Quando falamos sobre o futuro, vamos partir do pressuposto que ele começa hoje. Pode apostar nisso! Para você desenvolver habilidades, ser um bom líder e atingir o seu propósito, a sua motivação e o seu desempenho atuais são fundamentais para adquirir competências futuras. 


Por que eu bato nessa mesma tecla sempre? Porque o mundo mudou. A sua audiência mudou de comportamento, a inovação trouxe novos hábitos de consumo e nos impulsionou para a experiência no ambiente Figital. Isso significa que você precisa acompanhar toda essa transformação dentro da sua empresa (ou na empresa em que você trabalha).


Não é à toa que a terceira edição do Relatório do Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial apontou as características a serem aperfeiçoadas pelas lideranças até 2025, para que o mundo corporativo se transforme de acordo com a metamorfose global. Entre elas, os principais pontos a serem otimizados são: 

  • Requalificação profissional - para se encaixar na demanda tecnológica do mercado de trabalho;
  • Resolução de problemas e pensamento crítico - pilares que serão essenciais no profissional moderno;
  • Autogerenciamento - aprendizado ativo e estratégico (com criatividade, originalidade e iniciativa), resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade serão fundamentais para a produtividade do time.


O mesmo estudo estima que, até 2025, 85 milhões de empregos poderão ser substituídos por uma mudança na divisão do trabalho entre humanos e máquinas. Por outro lado, mais empregos podem surgir: a previsão do estudo é de 97 milhões de novos trabalhos dentro dessa lógica do tripé humanos-máquinas-algoritmos. 


Ou seja, a disrupção tecnológica que a pandemia impulsionou nos permitiu mudanças nos empregos e também no comportamento e novas habilidades profissionais. O lado bom de toda essa transformação é pensar que podemos evoluir no ambiente de trabalho com o pensamento voltado para um mix de inovação e tecnologia com as human skills (habilidades socioemocionais) e o conceito de lifelong learning (aprendizado constante).


Precisamos fortalecer o S da sigla ESG


Nunca o cenário de inclusão no ambiente corporativo foi tão abordado como atualmente. Isso de fato aconteceu por estímulo das práticas ESG (Environmental, social and corporate governance), que apontam como prioridades as questões ambientais, sociais e de gestão corporativa. 


Quando essa realidade sustentável se expande pelo mundo, vemos uma oportunidade de falar para mais pessoas, de ter uma equipe eficaz no que diz respeito à inovação e a inclusão de minorias proporciona uma amplitude nos negócios. Ou seja, todos saem ganhando: a empresa que vai contratar mais profissionais para o seu quadro de lideranças e colaboradores, atingindo assim, novos negócios e potenciais consumidores, e a própria audiência, que vai se sentir pertencente e receber melhores serviços e produtos, de acordo com as transformações do mercado.


O conceito ESG surgiu em 2004 numa iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas), mas tem ganhado cada vez mais força. É o que aponta um estudo realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG), quando mostra que as instituições que cultivam boas práticas em ESG apresentam resultados melhores ao longo do tempo e também atraem com mais frequência o interesse dos investidores, que dão preferência às empresas mais atentas à responsabilidade social e ambiental.


Para as empresas, pensar num lucro com propósito é totalmente viável e a prática ESG contribui significativamente para esta conquista. Segundo a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJ), pelo menos US$ 30 trilhões em ativos estão hoje sob gestão de fundos que apenas aplicam seus recursos em negócios e empresas com práticas sustentáveis. Metade desse volume na Europa (US$ 15 trilhões) e um quarto desse valor nos Estados Unidos (cerca de US$ 7,5 trilhões).


Traduzindo, os investidores, as empresas, os colaboradores, absolutamente todos estão voltados para estas práticas, o que resulta num cenário mais inovador, agregador e pertencente. 


Mas e o time corporativo, Camila? 

A equipe de uma empresa que coloca o ESG na prática valoriza as qualidades das lideranças em suas hard skills (habilidades técnicas) e as soft skills (habilidades sociais) de forma igualitária, e fortalece as human skills que são fundamentais para o desenvolvimento do S da sigla ESG. 


Human Skills: o futuro é humano!


Eu tenho trabalhado muito nas minhas investidas dentro do conceito de human skills, as competências que transcendem funções, papéis e setores. Isso porque eu acredito na evolução do meu time sempre.


Quem me despertou para esta lógica foi o autor do livro “Comece Pelo Por Quê”, Simon Sinek, quando fala sobre a transformação bem sucedida das lideranças que implementam o conceito de Human Skills no seu time. Para o autor, os líderes conquistam suas posições com base em desempenho, e quando aplicadas as habilidades socioemocionais o resultado é exponencial. São elas:


1- Saber escutar

2- Inteligência emocional
3- Compreender a linguagem corporal

4- Empatia

5- Autoconsciência

6- Resolução de conflitos


Agora pense nisso sendo aplicado pela liderança de uma organização. Para quem possui fortes habilidades humanas consegue criar com mais facilidade e agilidade uma conexão com o cliente em potencial, o time da sua empresa (ou da empresa que você trabalha) e toda a audiência, criando uma conexão singular e trazendo um diferencial competitivo de mercado.


Os líderes do futuro precisam dessas habilidades humanas para se manterem produtivos, competitivos e potencializar os resultados de uma equipe. Pensar, liderar e interagir são a chave para o futuro e o futuro começa agora: humanize-se! 


E para saber mais sobre o conceito de Human Skills, acesse a minha coluna da Forbes sobre as habilidades humanas guiarem os talentos da nova geração.


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